Dr. Amanullah De Sondy
Um líder acadêmico muçulmano afirmou que existem provas no Alcorão de que a homossexualidade pode ser compatível com o Islamismo.
Numa entrevista para o Times, o Dr. Amanullah De Sondy, 29 anos, disse que apesar das provas, os conservadores não aceitam a homossexualidade por serem “profundamente homofóbicos”.
De Sondy, que detém uma posição docente na Escola de Divindade, em Glasgow, disse que “homossexualidade não é incompatível com o islamismo. Os dois podem e têm coexistido. O importante é ligá-la a uma boa vida e à criação de uma boa sociedade”
“Se você pergunta a eles em particular, a grande maioria da minha geração de muçulmanos são profundamente homofóbicos. Penso que isto é reforçado pelo fato de muitas sociedades muçulmanas serem enraizadas em idéias tradicionais de família e sistema patriarcal”
Sobre a história de Sodoma e Gomorra que aparece tanto no Alcorão quanto na Bíblia, De Sondy disse: “Isso é frequentemente usado para ilustrar a desaprovação de Deus à homossexualidade, mas uma inspeção minunciosa do texto mostrará que é Deus está sendo contra o estupro de rapazes. Há uma grande diferença”
De Sondy alega que um santo muçulmano afirmou ter tido um relacionamento homossexual: “No século 16, em Punjab, viveu um poeta e santo Sufi (um ramo místico muçulmano) chamado Shah Hussaim. Ele se apaixonou por um rapaz hindu, eles viveram juntos e foram sepultados no mesmo túmulo, mas algumas pessoas querem reescrever a história afirmando que o garoto era uma garota.”
Falar de homossexualidade no islamismo é um assunto que ainda causa polêmica e nos mostra um tabu a ser derrubado. Em alguns países como o Irã, por exemplo, a homossexualidade é crime e pode levar uma pessoa a morte.