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Romanos






           (imagem: adoração ao deus Príapo)
 

Romanos


O capítulo primeiro da carta de Paulo aos romanos é o único texto do Novo Testamento que aparentemente condena a homossexualidade. Uma das coisas que me entristecem, porém, é ver a citação dos versículos fora do contexto e sendo citado por pessoas que não fizeram qualquer análise do textual. Quando faço algumas perguntas simples às pessoas sobre o capítulo 1° de Romanos em seu contexto, me admiro ao ver que elas não sabem responder, porque estão apenas citando um versículo que pensam ser uma condenação aos homossexuais.

É necessário analisar o contexto:


  • Contexto cultural de Roma:

Existia sim homossexualidade em Roma, difere enormemente da homossexualidade existente em nossa sociedade atual. Podemos sim extrair do texto recomendações para homo e heterossexuais nos dias de hoje, pois o sexo sem amor, com fins idolátricos, promíscuos, ou de prostituição, são pecado em qualquer sociedade em qualquer época.

Os cristãos que viviam em Roma e para os quais Paulo dirigiu a carta, eram em sua grande maioria oriundos do judaísmo. Estavam vivendo em uma sociedade totalmente diferente . No mundo greco-romano a homossexualidade era algo comum, os deuses em sua grande maioria eram homossexuais; até mesmo Zeus, a divindade suprema deles, era homossexual; os heróis chamados de semideuses, até mesmo o famoso Hércules. Porém não havia a distinção comum que hoje em dia é feita ao se chamar de homossexual a qualquer indivíduo que tenha algum tipo de comportamento homoerótico.

Os romanos distinguiam entre homens dominantes, que penetravam outras pessoas (mulheres, escravos(as), prostitutos(as), jovens subornados, etc) e os fracos, que sofriam a penetração.

Uma das coisas que não se tem levado em consideração ao se fazer um estudo sobre romanos cap. 1 é que os escravos naquele período eram comumente obrigados a servir sexualmente a seus amos e amas; e em Romanos 16. 1-24, das 38 pessoas a quem Paulo saúda na carta, 28 tem nomes comuns a escravos e alforriados (a maioria da classe pobre), além disso ele cita somente 3 casais (6 pessoas casadas entre 38).

  • Contexto do público:

    Em romanos cap. 1 Paulo está se referindo a um público cujos membros eram majoritariamente escravos, e portanto haviam sofrido ou observado (no caso de seus filhos ou seus amigos) abuso sexual de todos os tipos.

Muitos desses abusos eram praticados como uma forma de se agradar aos deuses. Qualquer um pode ver claramente que em Romanos 1 Paulo está falando de uma imoralidade decorrente da idolatria.

Na cidade de Corinto, onde Paulo estava quando escreveu a carta, era comum o culto da deusa Cibele, em cujos templos ocorriam orgias e prostituições em honra a esta deusa, cujos sacerdotes costumavam se castrar para tornarem-se “sacerdotisas”; existem vasos de cerâmica da época que retratam também sacerdotisas utilizando calças com uma imitação de um órgão sexual masculino acoplado na parte da frente. Em toda a corte romana isso era comum; dos primeiros 15 imperadores de Roma apenas um foi heterossexual; de Nero se dizia que ele era “homem de todas as mulheres e mulher de todos os homens”.

Haviam as “bacanais” (orgias sexuais em honra ao deus do vinho, Baco) onde as orgias se tornavam públicas e homens e mulheres se misturavam e faziam sexo sem nenhum critério ou distinção.

No culto de Príapo, deus da potência sexual, praticava-se sexo genital, anal, oral, com animais, crianças e escravos, se distinção de parceiros. Em todos estes cultos homossexuais e heterossexuais se misturavam e faziam sexo com quem lhes viesse à frente; não havia amor nisso, era apenas satisfação sexual, idolatria e prostituição.

    

( Príapo, deus da fertilidade que tinha um pênis gigante)

É contra isso que Paulo está escrevendo, ele descreve bem as pessoas às quais está se dirigindo:


  • Homens que suprimem a verdade pela injustiça;

  • Que tendo o conhecimento de Deus, não o glorificaram nem lhes renderam graças;

  • Se diziam sábios;

  • trocaram Deus por imagens de todos os tipos (vs. 23);

  • Trocaram a verdade de Deus pela mentira (isto é, pelos ídolos);

  • Adoraram e serviram coisas criadas, em lugar do Criador Bendito para sempre;

  • As mulheres trocaram suas relações sexuais naturais por outras, antinaturais;

  • Homens que abandonaram suas relações sexuais naturais com mulheres

  • Queimaram-se de desejo (sexual) uns pelos outros e cometeram atos indecentes homens com homens;

  • Desprezam o conhecimento de Deus;

  • Pessoas cheias de toda sorte de injustiça, maldade, ganância e depravação;

  • cheios de inveja, homicídio, rivalidades, engano e malícia;

  • Bisbilhoteiros, caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, arrogantes e presunçosos;

  • Inventam maneiras de fazer o mal;

  • Desobedecem aos pais, são insensatos, desleais e sem amor pela família, implacáveis;

  • Conhecem o decreto de Deus de que os que praticam essas coisas merecem a morte (assim como qualquer tipo de pecado)

  • Não só praticam todas estas coisas, mas também aprovam os outros que as praticam.


Será que estamos sendo sensatos ao resumir tudo que Paulo citou aqui a simplesmente “homossexuais”? Paulo citou dezenas de pecados resultantes da idolatria

A pergunta a se fazer é: “ Paulo está escrevendo isso como uma forma de se condenar a homossexualidade?”

Paulo não está condenando todo o tipo de homossexualidade, mas apenas a que é decorrente da idolatria. Isso está muito claro pelo contexto.

Como é que alguém pode ler tudo isso e dizer que Paulo estava simplesmente falando de gays?  Ele citou dezenas de pecados resultantes da idolatria, querer separar apenas a homossexualidade ritualística do restante do contexto é não ter respeito algum pela palavra de Deus; é querer usar a bíblia apenas para condenar quem queremos condenar (como foi feito no passado para condenar os negros e outros grupos).

UMA OBSERVAÇÃO A TODOS:
Para os que querem citar Romanos 1 com a finalidade de condenar homossexuais, devem lembrar que Paulo citou outros pecados, não apenas a homossexualidade ritualística; por isso, quando quiser condenar alguém citando esta passagem, lembre do que o texto diz logo e seguida: 
"Portanto, você que julga os outros é indesculpável; pois está condenando a si mesmo naquilo em que julga, visto que você, que julga, pratica as mesmas coisas" (2.1). Ou seja, Paulo está lembrando que todos são pecadores e por isso ninguém pode condenar ninguém.


O Pr. Caio Fábio explicou certa vez em uma carta:

    As referências que Paulo faz em Romanos 1 às praticas romanas não podem e não devem ser aplicadas ao contexto do homossexual, mas apenas do "homossexualismo", o qual, mais do que uma condição constitutiva (muitas vezes nem é), é uma escolha pela "putaria", pela suruba, pela orgia, pelo bacanal (Baco), pela glutonaria, pelos swings, pela troca de casais, e por um estilo de existência no qual Sodoma e Gomorra haviam se tornado um "jardim da infância". Acho uma perversidade fazer da análise "conjuntural" que Paulo fez de uma situação que se instalara como ideologia da perversão social e global, e aplicarem isto a um indivíduo simples, que não deseja a corrupção, nem ama a promiscuidade, desejando apenas um lugar ao sol.




    "Com efeito: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não darás falso testemunho, não cobiçarás; e se há algum outro mandamento, tudo nesta palavra se resume: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. O amor não faz mal ao próximo. De sorte que o cumprimento da lei é o amor." (Romanos 13. 9,10).


                                                   

 
   
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